sábado, 28 de junho de 2008

Garotos de Porto Rico no Brasil?


Em um post recente, divulgamos o trabalho da dupla Calle 13. Mas será que eles virão logo para as terras tupiniquins?

A divulgação da dupla no Brasil ainda é tímida. Os irmãos não têm muita pressa para se inserir no mercado fonográfico tupiniquim. Eles acreditam na difusão de música pela Internet, a qual torna democrático e acessível a todos. “Nós não somos um grupo muito de rádio. Somos algo pra ser pirateado, passado pela Internet e conhecido pelo boca-a-boca”, afirma Residente.

Para o próximo disco, eles tentam contar com algumas colaborações de artistas de grande sucesso como Amy Winehouse, Eminem, Kanye West, Beastie Boys e Manu Chao.

Após passar por diversos países da América Latina como Argentina, Colômbia e México, a turnê segue no mês de junho para a Suíça e Ilhas Canárias.

Portanto, nada de Brasil até o momento!

Vejamos então uma apresentação dos porto-riquenhos em Nova York!



Algo "bizarrón"!


Um figura bizarra vem ganhando espaço no cenário alternativo de São Paulo. A argentina Marina Eva, mais conhecida como Madame Mim, faz participãções em programas da MTV. Ela possui um quadro de fofocas denominado Bafón e participa como jurada no programa Quinta Categoria, aparesentado por Marcos Mion e Caze Peçanha.

A nova figura acaba d lançar seu cd: "Electric Kool-Aid". O disco apresenta um repertório de música eletreo, que segundo a cantora está em alta no mercado.

Quem quiser conferir Madame Mim poderá comparacer à Tete-a-Tete, festa realizada especialmentee para as lésbicas. A apresentação ocorrerá no sábado, dia 29.
Ainda no dia 10 de Julho, ela se apresentará no clube Vegas.

Hit da moça!





Festa Tête-à-Tête

Quando: 29 de setembro, a partir das 22h
Onde: Inferno Club (r. Augusta, 501)
Quanto: R$ 15 (mulher), R$ 25 (homem). Nome na lista (listatete@gmail.com): R$ 10 (mulher) e R$ 20 (homem)
Fone: 0/xx/11/3120-4140


Quando: 10 de julho, a partir das 22h
Onde: Vegas Club (r. Augusta, 705)
Quanto: R$ 30. Nome na lista (listavegas@hotmail.com): R$ 25
Fone: Tel: (11) 3231-3705
Faixa de Preço: até R$ 25

Garotos da Rua 13


Denominados pela imprensa como músicos de reggaeton, estilo que mescla o reggae jamaicano influenciado pelo hip hop, a dupla porto-riquenha Calle 13 vem aparecendo com grande destaque no cenário musical latino-americano.

Gênese

É composta por: René Pérez, conhecido por Residente, e seu meio irmão Eduardo Cabra, conhecido por Visitante. Seus apelidos provêm da identificação que tinham que dar ao segurança para entrar no setor onde ficavam suas casas. O nome da dupla, que em português significa Rua 13, provém do endereço onde cresceram em um subúrbio de seu país natal.
Sua irmã Ileana Cabra, apelidada PG-13, (uma classificação usada nos Estados Unidos para um filme não recomendado a menores de 13 anos) contribui em algumas músicas como a voz feminina.
Por crescerem rodeados por familiares artistas, sempre receberam incentivo para investirem nessa área. A mãe era atriz de teatro e o pai tocava piano em casamentos. Desde os seis anos, Visitante freqüentava as aulas de piano. “Durante meus últimos anos na escola, eu já tinha começado a tocar em bares”, relembra.
René é responsável pelas letras, enquanto Eduardo faz backing vocal e atua na parte instrumental. Mas no palco, não há divisões: são Calle 13, os expoentes do novo estilo urbano que venderam cerca de meio milhão de cópias de seu primeiro álbum.


Estilo

O rótulo colocado pela imprensa não é aceito pelos irmãos. René diz que o gênero musical de Calle 13 não se pode etiquetar em um só gênero e qualificou sua música como “alternativa urbana”. “Nós não somos reggaeton, mas também não fazemos rap. Fazemos uma música com estilo urbano”, enfatiza o Residente. No som da dupla pode se perceber uma mistura de rap com fusões de reggaeton e outras variantes. Jazz, cumbia, tango, salsa e até mesmo a bossa nova exercem influência no estilo dos músicos.
Na composição de suas letras, procuram abordar temas reais, ou seja, aqueles que fazem parte do cotidiano de seu povo. Questões sociais como emigração têm grande destaque, bem como a abordagem de assuntos com mulheres.
Já sofreram com a censura nas rádios. Quando compuseram Querido FBI não puderam toca-la nas principais emissoras do país. A letra consistia em uma carta ao Governo Federal escrita quando Filiberto Rios, líder de um movimento nacionalista popular, foi assassinado. No conteúdo da canção, pode-se observar uma indignação com palavras ofensivas aos que estão no poder: “Fucking cabron gobierno que permite esto/ Chorro 'e puercos, son todos unos insectos/Y por eso protesto/ Protesto por una masacre en Ponce/ Protesto por un Cerro Maravilla/ Y hasta por un septiembre 11”.
A dupla já gravou 2 discos: Calle 13, de 2005 e Residente, o Visitante, de 2007. Desde 2006, vem ganhando prêmios importantes do cenário internacional; entre eles 5 Grammy Latino. A faixa do primeiro disco, Atreveter-te-te, foi responsável por alavancar a carreira dos irmãos.



terça-feira, 24 de junho de 2008

O buraco negro vem aí


A grupo britânico Muse confirmou a realização de três shows no Brasil, ainda em 2008. O trio fará apresentações nos dias 30 e 31 de julho no Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente, e no dia 2 de agosto em Brasília.

O Muse foi formado em 1994 na cidade de Teignmouth, no sudoeste da Inglaterra. Matthew Bellamy (vocal, guitarra e piano), Christopher Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria) fazem parte do trio, que é conhecido por tocar uma mistura de rock pesado, sintetizadores e diversos efeitos para a guitarra e o baixo com requintes de piano clássico. As performances da banda, muito enérgicas, levaram a revista britânica Classic Rock ao alçar o grupo dentro da lista dos 50 melhores shows de todos os tempos.

Seu primeiro álbum fora lançado em 1999. “Showbiz” rendeu boa recepção do público, atingindo boas posições nas paradas européias e norte-americanas. Seu segundo disco, “Origin Of Symmetry” veio dois anos depois, e seu sucesso levou a banda a gravar seu primeiro DVD ao vivo, chamado “Hullabaloo”, num show realizado em Paris. Juntamente com o DVD, o Muse lançou o CD duplo “Hullabaloo Soundtrack”, com diversos B-sides e músicas gravadas durante o show na capital francesa.

Porém, a banda somente conquistou o verdadeiro respeito da crítica em 2003, com a obra “Absolution”, famosa pelos hits “Time Is Running Out”, “Stockholm Syndrome” e “Hysteria”. O Muse passou a se apresentar pelo mundo inteiro, e gravou seu segundo DVD no festival de Glastonbury, na Inglaterra.

Três anos depois, o disco “Black Holes & Revelations” confirmou mais ainda a maturidade dos ingleses, ao mixar muitos elementos eletrônicos à sua música sem deixar sua característica roqueira escapar. O cd foi o mais vendido pelo grupo até então.

Em 2007, a banda gravou um show memorável no famoso estádio de Wembley, em Londres, onde mais de oitenta mil pessoas presenciaram as duas noites de show. O concerto foi lançado em 2008 em CD e DVD, com o nome de “H.A.A.R.P”. Atualmente, com nove anos de carreira, seis álbuns e três DVDs, o Muse já conquistou a credibilidade da crítica e é muito popular entre os fãs do rock alternativo no mundo inteiro, principalmente na Europa. Curiosamente, o fervoroso sucesso não se repete da mesma maneira no Brasil.



Muse - Hysteria



Muse - Time Is Running Out

O tango retorna às pistas



O audacioso trio formado por Phillippe Cohen Solal, Christoph Müller e Eduardo Makaroff debutou no cenário musical europeu com o espetacular álbum “La revancha del tango”, lançado em 2001. O projeto ganhou fama ao adicionar pitadas precisas de música eletrônica e elementos acústicos ao gênero musical argentino.

O Gotan Project tem seu nome originado da palavra “tango”, ritmo que o grupo dá novas roupagens e características sonoras. Curiosamente, apesar do gosto em comum pelas misturas musicais, os três integrantes do projeto são de países diferentes: Solal é francês, Müller é suíço, e Makaroff é argentino.

O projeto deu seus primeiros passos em Paris, no final da década de 90. Solal, DJ e até então produtor musical da gravadora “Ya Basta!”, e Müller, que fez parte de famosos grupos de techno na Suíça, se juntaram para mesclar suas paixões pela música eletrônica e latina.

Eduardo Makaroff, exilado na França por causa da ditadura militar argentina, chegou para formar o trio. A entrada do violonista, que fez parte de grupos como o “Tango Mango” e chefiou a orquestra “Club de Tango de la Coupole” foi essencial para dar consistência latina à música do Gotan Project.

O projeto tinha como objetivo principal unir de maneira elegante e sofisticada os traços orgânicos do tango com texturas eletrônicas como o “hip-hop” e o “dub” misturados com instrumentos acústicos, como o bandoneón e o violão. E seu êxito pode ser confirmado pelo sucesso mundial do Gotan Project.

Seu primeiro EP, “El capitalismo Foranero / Volvo al Sur” foi lançado pela gravadora “Ya Basta!” em 2000, e teve uma tiragem de apenas mil exemplares. Os integrantes esperavam uma venda de aproximadamente 200 discos. Porém suas músicas atingiram em meses às paradas européias. O primeiro cd, “La revancha del tango”, que ganhou o World Music Awards em 2003, vendeu cerca de duas milhões de cópias. Totalizando com as vendas da última obra lançada, “Lunático”, o Gotan Project já vendeu mais de dois milhões de exemplares em sua carreira até então.

A sonoridade do Gotan está nitidamente ligada ao som de Astor Piazzolla, que fez o tango se tornar mundialmente conhecido na década de 60 ao combinar seu bandoneón com elementos do jazz clássico.

O grupo também é fortemente influenciado pelo cinema. Antes de desenvolver o Gotan, Solal supervisionou a parte musical de obras de famosos diretores, como Bertrand Tavernier e Lars Von Trier, em “Europa”. Tal aspecto cinematográfico no trabalho do grupo se torna visível em seus shows, que contam com a presença de um VJ que mixa imagens modernas e antigas (em preto-e-branco) para rimar com a característica dramática do tango. Para encorpar sua música, o Gotan Project utiliza outros músicos em suas gravações e shows. Convocados pelo trio, o percussionista Edi Tomasi, o acordeonista Nini Flores, o tecladista Gustavo Beytelmann e a cantora espanhola Cristina Villalonga dão alma ao som do grupo.

O grupo já veio ao Brasil três vezes. A primeira apresentação foi no Rio de Janeiro, no Tim Festival, em 2003. O retorno aconteceu quatro anos depois, em uma mini turnê que abrangeu o Rio novamente, São Paulo e Brasília, em junho de 2007. O apelo dos fãs foi tão grande que o trio retornou ao país ainda em setembro do ano passado.



Gotan Project - Diferente

Pro mundo bater palma



Imagine se a Capitol Records, gravadora britânica, lançasse uma nova coletânea dos Beatles com regravações das principais canções da banda e com participação de artistas renomados no cenário internacional. A sensação de êxtase que tomaria conta dos fãs dos garotos de Liverpool acontece hoje com os fãs de Carlos Santana. Tudo por causa do último cd lançado pelo guitarrista mexicano, O Ultimate Santana, no qual estão reunidas as principais músicas de Santana em versões inéditas e interpretadas por cantores respeitados mundialmente. Esse trabalho é uma cd de celebração dos 42 anos de carreira do mexicano com 3 canções produzidas especialmente para essa ocasião e 15 releituras dos maiores sucessos do guitarrista.

Santana é unanimidade quando se comenta a respeito dos melhores guitarristas da atualidade. Santana foi aclamado pela revista "Rolling Stone" como o 15º melhor guitarrista do mundo de todos os tempos. Como músico e arranjador, ele é figura central na internacionalização da música latino americana, sobretudo nos Estados Unidos. Antes da explosão do guitarrista, o mundo parecia só ter ouvidos para o Mambo cubano, que estourou na década de 40, e para os trabalhos musicais sensuais e típicos, que até hoje marcam a música da região. A partir dos anos 60, Santana começou a mudar essa visão. Misturando os ritmos típicos das canções latinas com o incomparável rock norte americano, o guitarrista inspirou gerações de novos artistas e ajudou a iniciar o movimento rock latino.

Esse último álbum de Santana é fiel aos trabalhos anteriores do artista mexicano. As canções inéditas presentes em Ultimate Santana seguem a linha das músicas que se tornaram hit no mundo todo e fizeram com que o guitarrista se tornasse um ícone, caso das canções Smooth, Game of Love e Why Don’t You and I. Todos os trabalhos de Santana são interpretados por cantores famosos, algo que passou a se repetir a partir de 1999 e continua a ser utilizado até hoje por Santana. Em Ultimate Santana os fãs têm a chance de ouvir artistas como Steven Tyler, Tina Turner e Chad Kroeger. Esses convites são uma forma encontrada por Santana para promover seu trabalho e fazer com o que os fãs desses cantores tenham contato com as canções produzidas por ele, ganhando assim um novo público.

Tecnicamente falando, esse último cd é o melhor dos mais de 50 álbuns que contaram com a colaboração do mexicano. Os recursos utilizados em estúdio auxiliam para que os inconfundíveis solos da guitarra de Santana ganhem força frente aos demais instrumentos. Durante todas as 18 canções do cd o baixista segura uma linha regular e pouco perceptível, uma preocupação que facilita na execução dos solos longos e distorcidos de Santana. Por sinal, essa é a marca registrada do guitarrista. Os solos são quase sempre extensos e complexos, tanto que durante algumas apresentações Santana não segue a linha original e toca de forma diferente da encontrada no cd.

Ultimate Santana é indispensável para quem aprecia o trabalho de Santana. Mas do que isso, ouvir o álbum ajuda a entender o sucesso do artista no mundo todo. O som de Santana é único e sem dúvida inovador. O trabalho do guitarrista é construído para atender o gosto do público, sendo uma opção diferenciada para quem procura um rock de qualidade e que sai um pouco da linha encontrada por bandas atuais. Acima de tudo, o sucesso alcançado pelo mexicano comprova a aceitação de seu trabalho, mostrando que manter suas características, mesmo que não siga com o molde da música que faz sucesso em seu país, essa ainda é uma maneira eficiente de chegar à fama. A originalidade. Isso é algo que não falta em Santana e é encontrada de forma marcante em Ultimate Santana.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A mediocridade de Amy

O Rock in Rio Lisboa desse ano colocou em evidência algo que vem se concretizando durante os últimos meses: Amy Winehouse já perdeu a graça.

Depois do lançamento do seu segundo disco, Back to Black, Amy caiu nas graças do público e da crítica: atingiu a marca de 10 milhões de discos vendidos, além de ser nomeada para 6 grammys.

No entanto, o que se viu a seguir foi uma série de fracassos da cantora. O seu nome passou a não ser mais vinculado ao seu inegável talento, mas sim a uma série de tragédias em sua vida pessoal. No começo de 2008, por exemplo, foi internada em uma clínica de reabilitação para tratar do seu vício em crack e heroína.

Hoje, é freqüente as suas aparições públicas em estado deplorável. Tanta exposição parece até marketing do que ela se tornou, como se fosse cool ser uma imbecil.

E assim foi a sua apresentação no Rock in Rio, no último dia 30. Para os milhares de fãs portugueses, Amy se apresentou completamente rouca, bêbada e com hematomas pelo corpo.

Se ela conseguir se manter viva, talvez entenda um dia que esse tipo de situação coloca peso no outro lado da balança. Seu belo disco e suas interpretações únicas estão apagados pelo mal estar que ela tem provocado.

Para o público português ela se desculpou. Mas, sinceramente, eu não aceitaria o pedido.

Reportagem da SIC, rede televisiva de Portugal.
 
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